SÍFILIS CONGÊNITA E MORBIMORTALIDADE NO HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL

Mariana Pavão de Araújo Gemperli Zatti, João Pedro Arantes da Cunha, Erika Kaneta Kaneta Ferri, Lucas Guimarães Zatti, Paloma Almeida Kowalski, Fabiana Moreira Coutinho, Emily Ruiz Cavalcante, Beatriz do Amaral Rezende Bento, Rachel Carvalho Lemos

Resumo


Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa de caráter sistêmico cuja transmissão é realizada por relação sexual desprotegida, via transplacentária e transfusão sanguínea. Recém- nascidos portadores de Sífilis Congênita costumam apresentar diversas morbimortalidades além de maior tempo de internação em Unidades de Terapia Intensiva com maiores custos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: A presente pesquisa tem como objetivo analisar a frequência de sífilis congênita e da morbimortalidade perinatal nos recém nascidos com diagnóstico de sifilis congênita admitidos no setor de UTI neonatal do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). Trata-se de um estudo do tipo quantitativo, descritivo e transversal, realizada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. A amostra foi composta por todos os recém-nascidos (RN) admitidos no setor de UTI Neonatal do HRMS no período de janeiro de 2018 a julho de 2018. Foram selecionados os RN que possuíam diagnóstico de sífilis congênita internados na UTI Neonatal no período analisado. Resultados e Conclusões: Foram analisados 256 prontuários no período. Destes, apenas 23 possuíam diagnóstico de sífilis congênita (correspondendo a 8,9% da amostra), sendo o principal critério utilizado o epidemiológico, ou seja, que a respectiva mãe possuísse Sífilis Gestacional não tratada ou inadequadamente tratada. Os dados analisados incluíram: sexo, idade gestacional (prematuridade e a termo), peso (baixo peso ao nascer ou peso normal), sepse precoce, sepse tardia, diagnóstico de malformação na internação, sofrimento respiratório e óbito. Em relação ao sexo, 52, 2% eram do sexo masculino e 47,8% feminino. Foram considerados baixo peso ao nascer, crianças com peso inferior a 1750g, totalizando 34,8% dos RN com sífilis congênita. Apresentaram prematuridade extrema (de 24 a 30 semanas gestacionais) 14% dos RN, 35,3% apresentaram prematuridade limítrofe (até 38 semanas). Em relação à infecção, 47,8% apresentaram sepse precoce e 95,7% não apresentaram sepse tardia. O sofrimento respiratório foi observado em 43,5% dos pacientes e nenhum caso de óbito foi verificado no período de internação.


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