Espondilodiscite Séptica: Revisão de Literatura
Resumo
Justificativa e Objetivo: realizar uma revisão de lite- ratura atualizada sobre a espondilodiscite séptica, condição subdiagnosticada e com complicações graves e impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Conteúdo: a incidência de espondilodiscite é de 2.4/100.000 habitantes, aumentando com a idade e com predileção para o sexo masculino. A espondilo- discite piogênica geralmente provém da via hematogênica por infecções da pele, tecidos subcutâneos e trato urinário. Fatores de risco subjacentes têm sido associados com a doença. Staphylo- coccus aureus é o agente etiológico mais frequente e local comu- mente afetado é a coluna vertebral lombar (58%). Os principais sintomas são dor nas costas (98%) e febre (44%). A ressonância nuclear magnética é o método de imagem de escolha para o diag- nóstico e a velocidade de hemossedimentação é um parâmetro laboratorial útil no diagnóstico e acompanhamento. Culturais devem ser obtidos de todos os possíveis focos de infecção para orientar a antibioticoterapia. O tratamento da espondilodiscite piogênica é conservador e/ou cirúrgico, com a maioria dos pa- cientes apresentando resposta satisfatória ao tratamento conser- vador. As complicações mais temidas são déficits neurológicos, anormalidades estruturais da coluna vertebral e a síndrome de dor crônica. Conclusão: a espondilodiscite séptica deve ser con- siderada como um importante diagnóstico diferencial para todo paciente com dor na coluna vertebral, principalmente se fatores de risco estiverem presentes, a fim de serem reduzidas suas altas taxas de morbi-mortalidade.
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