Pacientes pediátricos portadores de enterobactéria resistente aos carbapenêmicos em um hospital escola do Sul do Brasil
Resumo
Objetivo: Frente ao crescente número de pacientes pediátricos portadores de enterobactéria resistente aos carbapenêmicos nos hospitais brasileiros, este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar os fatores de risco e a resposta ao tratamento para os casos de infecção por estas bactérias.
Métodos: Estudo de coorte de caráter retrospectivo. Foram analisados os prontuários de pacientes menores de 14 anos, internados no período de 01/01/2010 a 31/12/2012, que adquiriram enterobactéria resistente aos carbapenemicos em um Hospital Publico de Ensino, no Paraná, Brasil.
Resultados: Os principais fatores de risco para infecção por enterobactéria resistente aos carbapenêmicos entre os 35 pacientes analisados foram o uso de cateter venoso central (OR=0,05; IC95% 0,0-0,4;p=0,02), sonda vesical de demora (OR=0,1;IC95%0,0-0,8; p=0,041), ventilação invasiva (OR=0,1;IC95%0,0-0,6;p=0,14), procedimento cirurgico (OR=0,1;IC95%:0,0-1,0;p=0,076), e internação prolongada (OR=0,1;IC95%0,0-0,7;p=0,0180). Todos os pacientes receberam antibióticoterapia prévia. A letalidade foi de 41,7% e a terapia com duas ou mais drogas teve maior eficácia que a monoterapia. Entre oa patógenos, Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos foi o isolado mais frequente.
Conclusão: O uso de antibióticos, dispositivos invasivos e internação prolongada associados às falhas nas medidas de controle de disseminação de bactérias contribuiram para aquisição de enterobacteria resistente aos carbapenêmicos por essa população pediátrica. Mesmo com a associação de antimicrobianos a letalidade foi elevada.
Texto completo:
PORTUGUÊSApontamentos
- Não há apontamentos.
This work is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial 3.0 Brasil License
Disponibilidade para depósito: permite o depósito das versões pré-print e pós-print de um artigo