COVID-19 EM GESTANTES NO ESTADO DO RIO JANEIRO: UMA ANÁLISE DO PERFIL E DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS TAXAS DE INCIDÊNCIA

Resumo

Justificativa: A pandemia de COVID-19 tem impactado significativamente a morbimortalidade da população de gestantes em decorrência a maior vulnerabilidade deste grupo de risco a desfechos desfavoráveis. Observa-se um aumento no número de casos de COVID-19 em gestantes na região Sudeste do país e, principalmente no Rio de Janeiro. Objetivos: Analisar a distribuição espacial dos casos de COVID-19 em gestantes, o perfil das gestantes com COVID-19 e a distribuição espacial dos leitos disponíveis por município do Rio de Janeiro em 2020. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e observacional ecológico. Resultados: Os municípios que apresentaram maiores taxas de incidência foram: Angra dos Reis (859/10.000 gestantes), Iguaba Grande (569/10.000 gestantes), Sapucaia (487/10.000 gestantes). A capital Rio de Janeiro apresentou taxa de incidência igual à 82/10.000 gestantes. Do total de gestante analisadas, 83,44% apresentaram algum sinal ou sintoma. A tosse foi encontrada em 54%, dor de cabeça 38%, febre 36%, coriza 29%, dor de garganta 27%, distúrbios olfativos 23%, distúrbios gustativos 22%, dispneia 29% e outros 49% (variável apresentada no banco sem especificação). Conclusões: O município do Rio de Janeiro possui o maior percentual (33%) de casos quando comparado aos demais municípios. O maior número de casos no município do Rio de Janeiro pode ser justificado pela densidade populacional da capital. Por outro lado, Angra dos Reis possui o segundo maior percentual (11%) de casos e lidera o ranking das taxas de incidência.Os sinais e sintomas de maior prevalência foram: tosse - 54%, dor de cabeça- 38% e febre - 36%.

Descritores: COVID-19; Epidemiologia; Gravidez; Análise espacial