SÍFILIS CONGÊNITA E MORBIMORTALIDADE NO HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL
Resumo
Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa de caráter sistêmico cuja transmissão é realizada por relação sexual desprotegida, via transplacentária e transfusão sanguínea. Recém- nascidos portadores de Sífilis Congênita costumam apresentar diversas morbimortalidades além de maior tempo de internação em Unidades de Terapia Intensiva com maiores custos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: A presente pesquisa tem como objetivo analisar a frequência de sífilis congênita e da morbimortalidade perinatal nos recém nascidos com diagnóstico de sifilis congênita admitidos no setor de UTI neonatal do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). Trata-se de um estudo do tipo quantitativo, descritivo e transversal, realizada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. A amostra foi composta por todos os recém-nascidos (RN) admitidos no setor de UTI Neonatal do HRMS no período de janeiro de 2018 a julho de 2018. Foram selecionados os RN que possuíam diagnóstico de sífilis congênita internados na UTI Neonatal no período analisado. Resultados e Conclusões: Foram analisados 256 prontuários no período. Destes, apenas 23 possuíam diagnóstico de sífilis congênita (correspondendo a 8,9% da amostra), sendo o principal critério utilizado o epidemiológico, ou seja, que a respectiva mãe possuísse Sífilis Gestacional não tratada ou inadequadamente tratada. Os dados analisados incluíram: sexo, idade gestacional (prematuridade e a termo), peso (baixo peso ao nascer ou peso normal), sepse precoce, sepse tardia, diagnóstico de malformação na internação, sofrimento respiratório e óbito. Em relação ao sexo, 52, 2% eram do sexo masculino e 47,8% feminino. Foram considerados baixo peso ao nascer, crianças com peso inferior a 1750g, totalizando 34,8% dos RN com sífilis congênita. Apresentaram prematuridade extrema (de 24 a 30 semanas gestacionais) 14% dos RN, 35,3% apresentaram prematuridade limítrofe (até 38 semanas). Em relação à infecção, 47,8% apresentaram sepse precoce e 95,7% não apresentaram sepse tardia. O sofrimento respiratório foi observado em 43,5% dos pacientes e nenhum caso de óbito foi verificado no período de internação.
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