Vigilância de Infecção de Sítio Cirúrgico Pós-Cesariana: Metodologia alternativa utilizando a tecnologia de Whatsapp.
Resumo
Justificativa: Devido à escassez de estudos que demonstrem um sistema alternativo de vigilância de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) pós-alta hospitalar de fácil aplicabilidade e com sensibilidade e especificidade aceitável, torna-se pertinente a realização de estudos sobre novas metodologias de vigilância. Objetivo: Validar a implantação de vigilância ativa de ISC em cesariana após a alta hospitalar, utilizando metodologia de busca ativa aliada ao uso da tecnologia WhatsApp. Metodologia: Foi utilizado a base de dados do Serviço de Controle de Infecção do hospital em estudo no período de 01 de janeiro a 30 de novembro de 2019 e avaliadas as pacientes submetidas à cesariana que possuíam o aplicativo WhatsApp. O contato com a paciente foi realizado entre o 21º e 30º dia pós-operatório. Resultados: Foram realizadas 2.678 cesarianas e avaliadas 2.626 pacientes. Destas, 1.780 tinham telefone, sendo que 1.741 receberam mensagem por WhatsApp. A taxa de sucesso do uso do WhatsApp foi de 67%. Das 64 ISC notificadas, 61% (n=39) foram diagnosticadas somente pela busca ativa realizada durante a internação e reinternação da paciente e 39% (n=25) através da utilização do WhatsApp. A ISC superficial representou o maior percentual (56%), seguida pela endometrite (36%) e profunda (8%). 64% das ISC superficiais foram notificadas pela vigilância pelo WhatsApp. O uso do WhatsApp mostrou 100% de sensibilidade 99,8% de especificidade. Discussão: O método de vigilância por WhatsApp demonstrou ser viável e deve ser considerado como método complementar à vigilância durante a internação para a obtenção de taxas de ISC pós-cesariana com maior acurácia.
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